Começou como tudo começa. Era só um sonho, um desejo. Muitas tentativas. Foi preciso estudar o ciclo "menstrual" da natureza-tempo-homem pra entender o ciclo da vida e ai encontrar o tempo certo da fecundação.
Sair do sonho não é tão simples. Mas trazê-lo ao campo da realidade é tangível, palpável. Aqui no Brasil (digo no Brasil que nós vivemos pelo menos, porque há muitos Brasis dentro dessa pátria "amada") somos forçados a levantar tudo, tudo no papel, para depois planejar, pra depois captar e daí sim com a sorte das cartas marcadas e jantares em comum, você começar a dar vida ao seu espetáculo.
Em nosso caso, pra variar, foi um pouco diferente, em meio a estes Brasis em um detalhe: a produção é independente e a mercê de apoios culturais.Segunda, dia 19/03 por fim, o feto começou a se mexer no útero. Traços da face desse bebê foram demarcados. E essa sensação de gerir um feto tão desejado é algo tão sublime, tão especial que só com o recurso da metáfora é que é possível traduzir essa sensação.
A cada dia artistas competentes, responsáveis e sobretudo comprometidos se juntam a nossa gestação, caso dos meninos Elson e Márcio que além dos figurinos assumiram peitar o nosso cenário e adereços.
Ao amigo bunda (piada interna) Marcelo Gergont com sua produtora Arte Sonora que fará a nossa trilha mecânica e voz padrão. Uma outra amiga, colega de palco e irmã do peito, Andressa Munin, que fará toda a arte gráfica e do cenário. Caraças pá, padrinhos!
Emoção é tudo o que traduz esse momento. E resistência e trabalho são as palavras que guiarão nossos passos. O parto está marcado para 08/06 e não tem mais volta. E será natural e comemorativa na semana em que a Bamuar completa um ano de luta e já com dois trabalhos em andamento...
Ficamos hoje por aqui.
Saudações Bamuarenses,
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